quinta-feira, 5 de julho de 2012
quarta-feira, 11 de abril de 2012
Da profundeza
Gosto de nadar. Gosto de nadar no mar. Gosto de surfar também, mas percebi que de uns tempos pra cá fiquei medrosa. Com medo do que tem lá embaixo, o que tem no fundo, no escuro, na espuma da onda, no redemoinho ou aonde o pé não alcança.
Outro dia, lembro, estava nadando os 700 metros na praia da Pinheira, no sul do Brasil. Coloquei os pés de pato, meu maiô preto, os óculos, prendi o cabelo. Aqueci um pouco e mergulhei em direção ao fundo da praia. Água estava gostosa, nem fria nem gelada. As primeiras braçadas são sempre uma delícia, pois o corpo anseia, feito recomeçar a andar de bicicleta. Nadei até mais ou menos 1/3 do percurso e em dado momento me senti sufocada. O sol estava quente, porém a água gelada. Na parte superficial morninha, mas quanto mais funda, mais gelada ia ficando, como partes da geladeira de casa.
Nadei uns 30 metros e na metade do percurso cansei de maneira diferente do que normalmente acontecia. Resolvi boiar na água e olhar para o sol. Senti vontade de chorar. Lembrei de minha avó, e aí foi inevitável. Pedi a ela que me ajudasse, pois não sabia mais a direção que meus pensamentos deveriam tomar. E se deviam ter algum rumo pré estabelecido. Eu estava de férias mas numa depressão profunda e não queria mais ser um peso para meus pais, nem o significado de umas férias chatas para minha filha. Existia um grande ponto de interrogacão na minha vida no meio daquele mar.
Então ali parei e boiei. E notei que a água me levava para algum lugar e eu não me entregava, não confiava. Ficava retornando a uma postura sentada novamente, batendo os pés, olhando para o fundo do mar e para a beirada, escutando de longe a conversa daqueles na areia e das criança brincando nas ondas. Pensei: "por onde andará a minha criança, que se permitia cair e levantar?"
Olhei pro sol novamente e percebi que eu estava sofrendo. E não sabia porque. Lembro que eu planejava e ansiava e rezava para que minha vida tomasse um rumo, que eu queria muito aprender a arte do desapego e acima de tudo aprender a me amar.
Continuei nadando em direção a outra ponta da praia. No meio do caminho novamente a sensação de peito apertado, o que podia sim significar... "Estou com sintomas de pânico", pensei.
Olhei pro fundo da água e de repente ficou mais escuro. Será que eu me afastara demais da beirada? Não podia enxergar nada, por mais que tentasse. E comecei a nadar com maior velocidade, e mais, e assim comecei a cansar. Foi quando percebi algo escuro no fundo da água. Estremeci, pois poderia ser qualquer coisa. Fiquei com medo de tartarugas ou arraias. Bati os pés com força nadando de costas em direção a beira d'água numa velocidade incrível, a beira do desespero. Parecia que não saia do lugar, o que me deixava sem entender, num lugar que cresci nadando. Com mais esforço e mergulhando para tentar sair da água mais rápido do que quer que fosse que eu vi lá no fundo, sem menos esperar percebi que eu já estava no raso. Era só ficar de pé. Minha respiração era ofegante, eu não estava entendendo nada.
Tirei o óculos, coloquei as mãos na cintura. Respirei buscando fôlego. O sol estava bem quente pois beirava meio dia. Não era possível o que estava acontecendo, eu sempre nadei ali. Olhei para os lados, olhei para o fundo do mar novamente. Não era um dia onde a água estava das mais claras, mas eu sabia que devia tentar novamente. A sensação que tive é que estava suando dentro dágua.
Coloquei o óculos de natação, pois o que quer que fosse, estava ali para me impulsionar e não me morder. Eu sempre amei e respeitei o mar. E precisava vencer aquele medo. Eu sabia que não estava emocionalmente bem no fundo de mim e precisava olhar com carinho para saber porque não. E percebi que aquela projeção no fundo do mar era uma ilusão minha.
Foi quando comecei a nadar novamente, e com a ajuda de um raio de sol rasgando a água e tocando a areia do fundo, pude perceber que o escuro no fundo d'água era nada além que minha própria sombra. Minha própria sombra!
Ela sempre me seguiria! Minha luz e minha sombra me completando. E ela sempre esteve ali e sempre estaria. A sensação foi de um certo alívio e de aceitação também. Pensei em quantas coisas e sentimentos e projecções ja deviam ter acontecido nesses 36 anos frutos de meus medos e formações mentais? Mas na correria do dia a dia a não atenção no momento me impedira de olhar mais perto, desembaçando a visão interna afim de perceber a verdade?
E no final, eu, sombra, água, céu e sol éramos um só. Meras projeções do que tem dentro, lá fora. No fundo, no fundo, é a sua sombra que você sempre vê.
segunda-feira, 2 de abril de 2012
Restaurativa em abril e maio
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
David Lurey in Floripa
- David Lurey in Floripa
É com muita honra e alegria que iremos receber a visita do yogi mundialmente conhecido por seu estilo, conhecimento e carisma DAVID LUREY. Somente um encontro, uma aula adorável seguida de um kirtan para lavar a alma com uma grande voz e um som que ficará reverberando para sempre em seus corações.
DATA
24 de fevereiro com aulão e kirtanzinho
>> MASTER CLASS Vinyasa
18hs às 19h45, R$ 60
>> KIRTAN
20 às 21h30, por doação
ENTREVISTA COM DAVID
http://www.youtube.com/watch?v=PgLxpnru9tA&feature =player_embedded
PARA SABER MAIS
www.Findingbalance.net
INSCRIÇÕES
YOGASHALA
Travessa Stodieck, 44 - Centro, Florianópolis
48 3222-5534
Promoção True Love Yoga
Palavras de David que ilustram seu trabalho
The dynamic practice of Vinyasa Yoga can be a key element to finding balance in your life. Yoga found me in 1996, and I have seen a magical transformation in my physical, mental, and spiritual well being. In recognizing the body / mind / spirit connection, Yoga opens practitioner’s bodies with centuries old postures (asanas), utilizes breath as a life providing source, and creates the space for the liberation of spirit.
I practice and teach four ‘styles’ of Yoga all cultivating a unique connection:
Mindful Spirited Vinyasa where the attention to the physiology of the poses meets the energetic awakening. The mindfulness of the practice creates the space for postural integrity and structural organization of the body to cultivate a deeper presence and inner power. All the while, an inner peace brought about through rhythmic conscious breath and an opening up to divine interconnectedness emerges. Each unique class has elements of Vinyasa flow with intelligent sequencing and a full spectrum of poses for all levels. As we move through the practice, there are challenges and rests and opportunities to keep ‘checking in’ on the the connections while ultimately, we establish new connections with the inherent inner teacher.
AcroYoga is a practice of connection, trust and communication between humans and supports the healing of the planet one relationship at a time.
Green Yoga is a journey and process of connection to the planet, cosmos and non-human beings we share the Earth with.
Bhakti Yoga is the Yoga of Devotion… where we can open our hearts and minds to the divine wonderment of the Universe and do the best we can with what we have available to surrender to God’s will while keeping our focus and attention on personal and spiritual evolution. My Bhakti practice takes form mostly in the singing of Kirtan and mantra and also helps me in many other ways on my path.
These four types of Yoga can support connection to the the Divine, the Self, Other Humans and the Planet and complement each other for those seeking a rich and joyful human experience.
Please join me for a yoga retreat, a studio class or consider a series of private yoga lessons and treat yourself to the gift of Yoga.
Namaste,
The mind is a horse that leads you to the Sultan’s Palace…the door…but does not enter with you in it. So the mind can lead you the level of knowing the existence of God, but not to communicate with God and know the essence of God….that is another dimension.
-Ancient Sufi Saying that resonates with me deeply